Inspeção predial sob três ópticas

Um dos serviços de engenharia mais importantes e presentes no dia, a inspeção predial é interdisciplinar, englobando conhecimentos de várias engenharias. Pensando nisso, juntos às EJs Tecsys e Consultec, decidimos produzir um artigo que evidenciasse como cada uma realiza sua parcela do que é solicitado. Comecemos pela Tecsys:

Antes de partir para uma listagem mais específica do que devemos fazer em uma inspeção, faz-se necessário conhecer certas nuances relativas as inspeções elétricas. De forma mais especifica, é possível citar que a Inspeção Visual, que possui o objetivo de analisar e verificar se os componentes que constituem a instalação fixa permanentes estão corretos e seguindo os padrões definidos pela NBR 5410:2004, precede os ensaios e ocorre apenas com a instalação desenergizada. Uma inspeção elétrica criteriosa e bem realizada é fundamental, principalmente, no que tange à segurança da instalação elétrica analisada, fazendo que haja um bom funcionamento do sistema e evitando a ocorrência de acidentes envolvendo pessoas próximas da instalação e de danos dos componentes e dos equipamentos, evitando a diminuição da vida útil da instalação, ponto importante até mesmo para o viés econômico da implantação de um serviço de inspeção, visto que possivelmente teremos uma economia relativa à não perda ou desagaste de equipamentos.

Partindo para uma enumeração do que devemos seguir para a realização de uma boa inspeção predial, o primeiro passo deverá ser a verificação, caso existam, dos projetos elétricos e diagramas relativo a instalação analisada. Vale lembrar, que a não existência do mesmo é fator prejudicial para a segurança e para o desenvolvimento do trabalho de inspeção. Como segundo ponto, faz-se necessário iniciar o processo de inspeções visuais em campo, a fim de avaliar se aquilo que foi projetado de fato está instalado, e em condiçoes adequadas de funcionamento. Como pontos principais nesse quesito, podemos citar a instalação de todos os quadros elétricos, observar as seções dos condutores, analisar todos os equipamentos de manobra e proteção como os disjuntores, dispositivos de proteção contra choque elétrico, seja por contato direto ou indireto, por exemplo os dispositivos a corrente diferencial residual, ou simplesmente, DRs e o sistema de aterramento, verificando se no quadro há a existência de barramento de aterramento e, no caso das tomadas elétricas, o pino terra e o condutor PE, que é basicamente um condutor de proteção. Já verificada a disposição e devida instalação dos dispositivos, deve-se partir para a realização de testes mecânicos nos disjuntores DR, observando como irão reagir e se tudo está da forma adequada.

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Quadro elétrico com os respectivos dispositivos de proteção e manobra

Após efetuar com sucesso o passo relativo a esses testes individuais, segue-se para uma análise de testes mais gerais, quando ocorrerão constatações operacionais de todos os sistemas elétricos envolvidos, verificando, como o próprio nome já explica, a operacionalidade dos sistemas envolvidos. De maneira parecida à do o segundo passo, mas de forma mais precisa neste momento, ocorrerá também a visualização das condições elétricas dos componentes envolvidos, como cabos elétricos, condutores, disjuntores, contatores, fusíveis, dentre outros, sendo possível a análise dos desgastes relativos aos equipamentos. Além disso, outro passo importante a ser efetuado para uma adequada inspeção é a aplicação de ensaios das instalações elétricas para verificações de certas situações e identificações de possíveis patologias no sistema; Exemplos dessas verificações serão a sobrecarga (Utilizando Termografia), funcionamento do DR, isolamento dos condutores (Utilizando Megômetro) e sua continuidade, testes de tensão aplicada e medição de queda de tensão por circuito.

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Uso de termografia para a identificação de sobrecargas

Agora, a perspectiva da Consultec:

Um dos itens necessários quando se solicita a CIP é o Certificado de Conformidade do Sistema de Proteção contra Incêndio e Pânico, que é emitido pelo Corpo de Bombeiros do Ceará. Para se obter este último, é necessário que o requerente solicite uma análise junto aos bombeiros do Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI) para a sua edificação. Somente após a aprovação do projeto é que o Corpo de Bombeiros emite o Certificado de Conformidade. Mas no que consiste o PPCI e qual a sua importância?

Muitos já foram os acontecimentos nos quais percebeu-se o quão prejudicial a ocorrência de acidentes em uma edificação pode ser, ainda mais àquelas que não estão preparadas ou seguras o suficiente para combatê-los, e, ao passar dos anos, percebeu-se a real necessidade de um preparo mais qualificado e técnico das edificações no que tange à prevenção e ao combate a incêndio.

O Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio se adapta de acordo com algumas características da edificação (altura, área construída, tipo de uso…). A partir dessa identificação, é definido quais cuidados devem ser previstos no projeto, tais quais extintores, hidrantes, chuveiros automáticos (sprinklers), alarme, dentre vários outros. Neste texto, destacaremos a importância destes citados.

A instalação dos hidrantes e extintores é de suma importância para o combate a incêndio e, por isso, eles devem ser posicionados estrategicamente em locais onde sejam facilmente manuseados para que qualquer pessoa possa combater certos focos de incêndio e para que haja auxílio para o Corpo de Bombeiros.

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Chuveiros automáticos (sprinklers) que identificam e extinguem princípios de incêndio sem que haja qualquer manuseio humano. É necessário, no PPCI, o correto dimensionamento do sistema de bombeamento, tubulações e abastecimentos desse sistema de segurança. É importante observar que esse tipo de equipamento nem sempre é necessário.

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O sistema de detecção e alarme devem ser posicionados e interligados para que possa ser informado o princípio de sinistros, sejam eles visuais ou sonoros. Nesse caso, o objetivo é identificar o incêndio por meio de fumaça, aumento da temperatura e radiação da luz de chama aberta. Novamente, nem sempre ele se faz necessário.

Por último (mas não menos importante), o serviço na visão da Diferencial:

Um edifício tem um alto grau de complexidade ao ser construído. Ao longo dos anos, passa por inspeções para que seja evitado qualquer tipo de empecilho que possa aferir a segurança de seus ocupantes. Os responsáveis pela inspeção, classificam-na quanto ao grau de complexidade e elaboração de laudo considerando as características técnicas da edificação, manutenção, operação existentes e necessidades de equipes multidisciplinares, afim de que seja emitido o certificado de inspeção predial(CIP). Diante disso, as inspeções mecânicas são de grande importância para que o edifício esteja de acordo com as normas da ABNT NBR 5674, ABNT NBR 15575-1 e colaborar com a “saúde dos edifícios”, sua segurança, funcionalidade, manutenção adequada e valorização patrimonial.

Partindo da visão mecânica, existem algumas verificações que devem ser feitas para que o laudo seja elaborado são elas:

->Sistema – Elevador

A legislação exige que o elevador deve ter manutenção periódica de seus componentes e de seu conjunto, visando minimizar os riscos ao usuário. É exigido que uma empresa ou responsável esteja responsável por esse sistema para atender as exigências necessárias de manutenção. O Relatório de Inspeção Anual(RIA) é o documento que testa a adequação do equipamento e deve estar disposto aos interessados.

Algumas verificações a serem observadas:

Cabine:

  • Verificar se os componentes eletrônicos estão em contato com água(evitar)
  • Verificar se há placa no interior da cabine com o contato da empresa responsável
  • Iluminação e ventilação permanente no interior da cabine
  • Verificar periodicamente o funcionamento do alarme, interfone, ventilação e iluminação
  • Comandos de acionamentos devem estar identificados (inclusive em braile)
  • Observar se há trepidação ou paradas bruscas no elevador

Poço do elevador:

  • Verificar o acesso para o técnico
  • Verificar se está impermeabilizado e seco
  • Verificar se estar provido de um bom sistema de iluminação

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->Climatização do ambiente

O ambiente climatizado em um edifício era um assunto bastante debatido pelo Ministério da Saúde em relação a saúde, bem-estar, conforto de seus ocupantes, pois foi verificado um agravamento de doenças relacionadas a qualidade do ar no interior das edificações pois, as impurezas no ar e umidade excessiva provocavam um acúmulo de bactérias e fungos.

Tipos de sistemas de climatização e sua verificação:

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->Sistema de ventilação e exaustão

É de extrema importância que também ocorra a verificação desses componentes pois, cabe a eles o controle de gases e fumaças, proporcionando um melhor conforto e bem-estar aos ocupantes do edifício.

Tipos de sistemas de ventilação e exaustão e sua inspeção:

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->Bomba Hidráulica e Motor Elétrico

Com a evolução da tecnologia da eletrônica, a mecanização predial passou a ter melhorias em seu uso, operação e manutenção, sendo possível inclusive a integração e automação dos sistemas.

Há necessidade então, de fazer sua inspeção/manutenção para que esteja de acordo com as normas da NBR 5462/1992.

Algumas verificações necessárias:

  • Instalação correta
  • Aquecimento excessivo
  • Verificação de vazamentos de óleos e graxas
  • Verificar se há ruídos ou vibrações excessivas
  • Verificar se há vedação está eficiente

Dessa maneira, com toda a complexidade na inspeção é muito importante responsáveis qualificados para fazer a inspeção de maneira correta para livrar seu edifício de qualquer multa (Lei 9.913) ou riscos para saúde de seus habitantes. Ficou interessado? Veja como a Diferencial Jr pode ajudar seu imóvel na inspeção predial.

Inspeção predial sob três ópticas

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